segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PORTO DE ENCONTRO


Cai a noite em mansos goles
De licor de sol já posto,
E no prazer de beber-te,
Douro que guardo nos olhos,
Desce-me ao peito a saudade
Da terra que em ti arrastas
Por nomeação e destino.

Ouro ao sol em foz sem molhes
És beijo que tinjo a gosto,
E na vazão de cantar-te,
Rio que trazes meus solos
Na tua impetuosidade,
Sinto a emoção que me basta
Para os poemas que assino.

Porto é cálice de encontro
Muito mais que de partida,
Se nos brinda ao reencontro
Com um amor de toda a vida...