Douro, por mim - 03/05/2013
VERDEGAR
Já é verde, à flor do Douro.
Na tona do olhar,
o alburno jovem da terra
permanece quase pó(len):
tinta fresca em estado de partículas
que chuvas mansas ainda hão-de diluir,
têmperas de sol ainda hão-de macerar
com perfumes de frutos e essências de vinhos
-
até à absorção fulcral
na epiderme dos xistos.
Até ao êxtase do olhar,
na contemplação do quadro,
ou até à maturação dos néctares,
à boca do cálice.
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